domingo, 1 de novembro de 2009

Pra quê mesmo diploma?

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E é no centésimo post dos blogs do Grupo Cirizipe, que eu venho levantar uma questão: publicitário precisa mesmo de diploma?

Vamos reformular a pergunta: o diploma é atestado de plena capacidade para atuar no mercado publicitário?

Quero responder essa pergunta com uma velha estória do meio publicitário: quem é de publicidade, lembra bem da ilustração da “tia do café” que, no meio da reunião, interrompe a fala do diretor de criação e dá um solução simples, criativa e de pouco custo para o cliente.

E pra piorar, me vem a última edição da Època Negócios, mostrando o que eu sempre tentei provar por A + B: nem toda agência precisa de graduados em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Simplesmente, a agência destacada na matéria tem de tudo um pouco: de biólogos e geógrafos a publicitários e arquitetos.

E é isso. Publicitários são apenas UMA das formações presentes dentro da agência abordada pela matéria. Ou seja, pessoas criativas não precisam de formação específica para serem criativas.

Posso estar quebrando algum voto coletivo da Irmandade Publicitária, mas é uma verdade: publicitários acham que o diploma lhes dá status de criativo, inteligente ou vencedor. Não dá.

A agência onde eu trabalhava é um exemplo disso. Os profissionais que vem de fora do curso são tão bons quanto os que vêm de outras áreas. Os melhores diretores de arte que conheço vieram do design gráfico e não da publicidade. Só pra ilustrar.

Na próxima agência que eu estiver, vou lutar pra que contratem mais gente de fora do curso. Pela experiência que tive, pude ver que não é o curso de publicidade não forma bons profissionais. É a necessidade do mercado que os forma.

Definitivamente, minha implicância não é com a publicidade ou com a propaganda. É com essa turma marrenta que pensa que trocentos estágios nas maiores agências do mundo e um diploma de uma universidade qualquer vão definir o quão talentoso você é.

Ainda bem que publicidade é um campo onde se pode conectar pessoas de diversas formações E todas elas podem fazer muito pela publicidade em nosso país e no mundo.

Mas ainda tem quem pense que o diploma garante algo…

Vai longe. Bem longe de mim, de preferência.

Em tempo: recomendo uma passadinha na bio da Rosana Hermann. Veja o que uma graduada em FÍSICA fez pela Comunicação no Brasil.

http://farofa.com.br/

Abraços a todos. E que venham mais 100 posts. A gente agradece sua leitura e seu tempo, dedicados a um pequeno grupo de blogs como o nosso.

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http://twitter.com/intercomAJU2012



Nota 13.04.2010 - 14:00 :

A campanha para a realização do Intercom Nacional em Aracaju no Twitter foi suspensa .
No momento, estamos com a campanha pra formação da delegação Sergipe no Intercom 2010, na cidade de Caxias do Sul - RS

Mais informações:

http://twitter.com/intercomsergipe

Monografar - o nome da minha dor de cabeça

P.S: Também disponível no ProjetoEditorial

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O tal do Twitter anda me dando dor de cabeça. Não, na verdade, é ter de escrever uma monografia sobre ele.

Quem me conhece sabe que eu estou em monografia, falando justo sobre o tal site do passarinho azul. E que essa é minha segunda monografia.

Mas quem não me conhece. não sabia disso. E nem tinha obrigação.

O que mais me irrita nesse semestre é o dinamismo da ferramenta, que me faz lamentar a cada novo caso de estudo que surge. Garanto que, se vacilar, tivemos 12 a 15 bons casos de estudo, dignos de um tema de monografia. E a cada caso que passa, eu frustro mais.

Claro que não é por ser ruim. É justo por ser bom demais. O que frustra e desanima é a morosidade das normas e da organização acadêmica, que limita a criatividade frente ao melhor conjunto de cases dos ultimos anos.

Nada tenho contra a necessidade de avaliação do sistema. Mas o projeto experimental é altamente cerceador e limitador. Exige foco e atenção em um só ponto da comunicação, enquanto os fatos passam aceleradamente e nós, acadêmicos, nos sujeitamos a tal condição.

Pelo texto acima, deu pra perceber que eu não gosto de trabalhos acadêmicos. E eu não nego: não gosto. Apresentações podem ser melhor do que o texto escrito. E vice-versa. Sempre um ponto do trabalho se sobrepõe ao outro, o que é frustrante, por diminuir uma das partes do processo realizado, onde ambas exigiram igual esforço.

Sempre. Sempre preferi avaliações escritas a trabalhos. Trabalhos são desgastantes,exige tempo contínuo e estudo contínuo. A prova escrita, por sua vez, exige esforço também. Mas ele está apenas na concentração de esforços para o momento da prova. Dissertar com a caneta na mão é muito mais fácil do que sentar na frente de um computador, ler 10 livros e, ao final de um semestre, ter apenas 15 minutos para se apresentar diante de 2 ou 3 professores.

Quinze minutos não se comparam a ter quatro horas para formular uma resposta adequada aos conhecimentos delimitados pela disciplina. A ideia de extrair um "suprasumo" de conhecimento do aluno, atráves do projeto experimental, é falsa, dissimulada e altamente equivocada.

Em quinze minutos, um aluno que obteve excelentes médias durante o curso, pode simplesmente sumir. Em quatro meses, pode se produzir um excelente trabalho. Ou um grande fiasco textual, que em nada condiz com o excelente rendimento individual do aluno durante o período de cumprimento da grade curricular.

Deveria ser a média do curso e não o projeto experimental, a definir o recebimento do diploma. Destruria toda uma "indústria da Formatura", o que me deixaria muito feliz. But... who cares? Algumas universidades tem dado passos importantes na destruição dessas verdadeiras " bancas de extrair dinheiro", contudo, ainda há quem viva disso e não esteja interessado na aprovação por média.

Aí você me pergunta: com o fim da monografia, como ficaria a produção acadêmica?

A minha resposta é a seguinte: ao invés de um trabalho de conclusão de curso, as universidades estimulariam os alunos a produzirem mais e mais artigos acadêmicos, através de incentivos ao pesquisador acadêmico. Garanto que muitos alunos seriam filtrados do processo e estimularia os alunos a produzir dentro da acadêmia.

Você novamente me pergunta algo: Não acha contraditório um aluno que gosta de dissertar com a caneta em punho, apresentar um projeto de incentivo para a produção de artigos científicos?

Não. E eu explico. Esses alunos passariam a ter o costume de produzir de forma acadêmica. Se houver uma premiação, onde o aluno obtenha prestígio e prêmios dignos (não necessariamente em dinheiro. Só não pode ser um chaveirinho do Mercado Municipal né?), o aluno se sente motivado. Como está, na maioria das universidades brasileiras, não há estímulo.

Quem produz academicamente, é o aluno naturalmente pró-ativo. Mas o estímulo deve ser aos que não são naturalmente pró-ativos. Aliás, que tipo de estímulo seria esse, se estimulasse aos mais vivos? Estímulo é algo para quem não tem ânimo, quase morto num ambiente engessado por normas ad infinitum complexas e lutando por um diploma, pra se engalfinhar em um mercado vísceral.

A produção acadêmica é forçada no projeto experimental. Quando não se lida constantemente com algo, passar a lidar só pelo fato de ser norma da instituição, leva a esforços quase sobrenaturais.

Terceira pergunta: E quando a instituição de nível superior cria eventos para estimular a produção acadêmica e estes não dão certo?

O problema está na abordagem. E não precisa ser gênio pra descobrir isso. Na universidade onde estudo, a depender do curso, mais da metade dos alunos boicotam eventos de iniciação cientifica ou similares. E não podem por a culpa em nenhum Centro Acadêmico ou DCE por trás disso. Simplesmente é a forma como é feito. De cima pra baixo, com mão de ferro e a gosto da entidade mantenedora.

Ok. Seria injusto se não reconhecesse algumas cessões recentes feitas pela IES. Mas, não são suficientes. Não são reconhecidas as reais necessidades do mercado local, bem como as premiações são sempre dignas de pena. Aliás, dá é raiva mesmo. Quando você vê um vencedor de um concurso ou de Prêmio universitário, recebendo um computador de R$ 699 ou iPod genérico, é meio revoltante.

Não são prêmios para o contexto acadêmico. Claro que há coisas piores, como 10 entradas para uma Cervejada. Mas, ao menos, há um lado lúdico nesse último prêmio. E convenhamos: no caso de uma universidade privada não conceder prêmios mais, digamos, criativo$$, é brochante.

E claro, fora o clima de feriado, a cada iniciativa gerada pela IES. O que já virou padrão, em meio a todo o clima desestimulante que se implanta a cada um das novas tentativas fracassadas de estímulo. São tentativas que nascem mortas, verdadeiros momentos contraceptivos no ambiente acadêmico.

Enfim, acho que fui claro quanto a minha total desilusão com o nível superior no Brasil. Eu deveria ter feito algum curso técnico. Garanto que lucraria bem mais.

Aliás, pra que serve mesmo diploma no Brasil?

Não me responda aqui. Responda aí mesmo, pra você ouvir. Depois, se entender o propósito, dou-lhe meus parabéns.



Crendo no Todo-Poderoso,



George Lemos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009




A nova marca do Grupo Cirizipe finalmente está pronta. Nada de outro mundo, simples do jeito que deve ser.

Em breve, os dois blogs estarão com as devidas mudanças. Contudo, quanto ao layout, ainda não sei qual adotar, o que me faz permanecer com o atual até segunda ordem.

Até a próxima.

George Lemos

Redator Publicitário

quinta-feira, 11 de junho de 2009

De volta. Justo na véspera do dia dos Namorados.

Aproveitem.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Será que eu odeio serifa?

Se alguém me pedir uma lista de dez fontes favoritas, curiosamente vai notar uma coisinha: eu amo fontes sans-serif ( sem serifa).É inconsciente isso, mas é uma realidade.


Veja abaixo quais são as minhas favoritas:


1º Swiss

2º Gill Sans

3º Century Schoolbook

4º London Between

5º Rough Draft

6º Perspective Sans

7º Rafika

8º Pakenham

9º Trebuchet

10º Lacuna


Foi uma coisa que eu fui perceber hoje: por algum motivo desconhecido, as sans-serif tem a minha preferência. Talvez é uma forma de comunicar, que não se prende a detalhes.

Embora fontes com serifa sejam melhores pra leitura, é com as sem-serifas que eu me dou melhor. Pra ler, pra criar, é com elas que eu rendo melhor.

Se tiver dicas de novas fontes sans-serif, pode me passar via comentário

Abraços