quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Moda 2008 nos anúncios de Aracaju

Não, não será esse meu 1º artigo de moda. Pelo menos, não desse tipo que você está pensando.

A moda a qual eu me refiro é outra: a moda tipográfica. Não sei, se é porque a tipologia do anúncio publicitário será um dos temas de minha monografia, que eu ando mais atento a essas coisas, mas tem umas fontes que reinam na mídia impressa de Aracaju. São três as que andam tirando minha paciência publicitária do sério: Alba , Chiller e Aardvark Cafe.

Acredite: não é nada pessoal. Inclusive sou fã de Alba e Aardvark. Mas, por aqui, andam abusando e muito. Toda semana tem, no minimo, um outdoor saindo com qualquer uma dessas fontes.

Então, como diria Jack, vamos por partes. Comecemos pela mais recente e de menor uso entre as três tormentas: a Aardvark Cafe. Já disse que sou fã dessa fonte. Inclusive, no meu falecido portfólio, cheguei a criar uma marca experimental com ela. Mas, é aí que é o forte dela: marcas. Pra compor marcas, faz um excelente conjunto com outros elementos ou mesmo sozinha, dá caldo. Mas não pra texto parágrafo.

Agora, vamos para o meu ( e de muito profissional por aí, também) pesadelo: Chiller. Eu fiquei bestificado quando vi um outdoor de estabelecimento de ensino usando essa fonte. Gente, o anúncio era pra educação infantil e usando Chiller. Pra quem não sabe, essa fonte é usada pra festas como Halloween, dando um aspecto de terror. Terror e foto de crianças fofinhas brincando com cubos ( foto muito bem tirada - méritos do fotógrafo) não combinam. Ou combinam e ninguém me avisou? Poooooxa!

Pra piorar, eu passava pela TV essa semana e vi um anúncio de um renomado professor. Advinha a fonte que usaram pra fazer a marca do evento que o ilustre educador está promovendo? Já percebeu que a resposta é Chiller, né? Acredite. E o camarada é top de linha no assunto central desse evento que está promovendo. Pena que o criador da marca do evento dele não tem o mesmo senso e qualidade de avaliação, que fizeram o educador tão bem conhecido pela cidade e pelo estado.

E pra finalizar, nada como uma tragédia: Alba. Das três é a que eu mais gosto, mas, sinceramente queria que menos pessoas dos departamentos de criação gostassem dela tanto quanto eu.

Vi textos inteiros em Alba Super [equivalente ao Black da Arial]! Se, em Alba, não era recomendável, em Alba Super é que não era mesmo! Incrível! Do jeito que vai, melhor ficar apenas brincando de "decifrar a mensagem".

Enfim, queridos amigos da Criação Publicitária, lembrem-se daquela veeeelha liçãozinha da era acadêmica. Não  faz idéia?

Então, aqui vai: "Nunca se apaixone por suas peças". E de quebra, não precisa levar seus gostos pessoais pra peça também. Acredite, depois de várias chulapadas, eu aprendi essa liçãozinha.

Você, Criação, pode gostar da fonte A, B ou C, como um indivíduo do departamento de Criação Publicitária da agência, que tem gostos e vontades pessoais. Mas, querida (o) Criação, você, como profissional, deve avaliar o aspecto visual a ser gerado pela peça produzida. E sinceramente, não vou me dar ao trabalho de prestar atenção no conteúdo da tua peça, se ela não me traz conforto na hora da minha leitura.

Esse post marca minha volta ao Byte. Meio esquisito, mas eu queria falar a um tempo sobre isso.

A propósito, estão aí abaixo as vitimas dessa minha crítica de hoje:

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário